Início de um novo legado

Título: Beijo de Sangue

Primeiro livro da série Legacy

Autor(a): Jr. Ward

Editora: Universo dos Livros; Edição: 1ª (9 de maio de 2016)

Páginas: 416pg

Idioma: Português

ISBN-10: 8579309751

ISBN-13: 978-8579309755

Dimensões do produto: 23 x 15,6 x 2,2 cm

Formato: Capa comum

Peso do produto: 458 g

Sinopse:

Paradise, filha de Abalone e pertencente à glymera começa seu treinamento com os guerreiros da Irmandade da Adaga Negra e começa a ver que é algo bem diferente do que imaginou. Ela terá força e tenacidade o bastante para continuar e conquistar seu sonho? 

Razões para ler esse livro: 

• Se você é fã da Irmandade da Adaga Negra. 
• Se você gosta dos livros da J.R.Ward.
• Se você quer saber mais sobre o processo de treinamento dos recrutas.
• Se você gosta de momentos do dia a dia dos personagens da Irmandade.

  

Vou começar dizendo que esse não é meu livro favorito dessa autora, mas eu tenho meus motivos. Vou explicar melhor ao longo da resenha, mas fiquem tranquilos que não haverá spoiler. Podem ler sem medo. 

A Trama – É bem clara. Paradise e os recrutas novos começando o treinamento. Romance entre Paradise e Craeg e junto com isso temos também uma vítima de um misterioso assassino além de pequenos pedaços da vida dos irmãos que, pessoalmente, parece ter sido colocado na história só pra atrair os fãs da irmandade original. Não é lá essas maravilhas, mas eu tenho que dar crédito para o fato dela ter focado em mais coisas além do romance principal.

Os Personagens – Nesse livro temos os irmãos, guerreiros da Irmandade da Adaga Negra (série da qual foi feito o spin off) e além deles conhecemos também personagens novos. Os recrutas. Parece que a autora decidiu fazer uma mistura dos personagens da Adaga Negra, mas na versão teen dessa vez. Paradise e Craeg lembram muito Marissa e Butch. Axe é uma mistura de Vishous com Z e Qhuinn (até em termos de característica física), Boone mal aparece, Peyton é o melhor amigo mulherengo que me lembrou muito Qhuinn quando era vida loka, Novo, a guerreira que entrou para complementar a quota de guerreira do sexo feminino é uma mistura de Payne com Xhex. Então, é um milk-shake das coisas que já fizeram sucesso na série principal.

A Escrita – Ward tem uma maneira já distinta de escrever e a gente reconhece os livros dela de cara. Esse não muda muito, mesmo se tratando de uma nova série. Ela muda o foco a cada capítulo, não da continuidade e da várias voltas para contar a história. Se você gosta de narrativa mais focada, esse não é o livro pra você ou vai acabar meio perdido.

Mas se gosta de narrativa dinâmica com vários pontos de vista, então tem grandes chances de gostar desse livro.

Considerações – Eu gosto da série, mesmo para um livro que vem de uma série já com mais de 12 livros, ela consegue se justificar e, se você não leu a série anterior ainda consegue entender sem problemas o que acontece e quem é quem. Entretanto alguns pontos não me agradaram. O romance entre Paradise e Craeg pareceu forçado. Desde o início eles iriam se apaixonar, mas simplesmente foram jogados um em cima do outro. O modo que resolveram o mistério do assassinato foi em pressa, como se a autora tivesse sido apressada a acabar logo o livro e não encaixa com o que estava sendo conduzido. Qual é, Ward, eu sei que pode fazer melhor do que isso.

Tirando isso, que realmente não me deixou feliz, tive muitos momentos legais lendo esse livro. As cenas com os irmãos, o cotidiano na mansão, os treinamentos dos recrutas e alguns diálogos que excederam minhas expectativas. Ele é feito e pensado para as fãs da Irmandade. Não tenta mudar muito esse foco e não se esforça em fazer algo muito revolucionário, mas pelo que ele é e pelo que se propôs faz o trabalho que é entreter. Aliás, até metade do livro eu estava me divertindo muito, apesar do relacionamento meio forçado do casal principal, mas então começa a correria e não fica muito legal. Eu acredito que o livro seria bem melhor se tivesse tido mais consideração para alguns pontos e características dos personagens. Um exemplo é o fato de todos dizerem como Paradise é inteligente, mas isso não transfere para o que ela fala e faz. Mas, mesmo com esses detalhes a gente consegue se divertir e ter momentos bem legais lendo e me deixou com vontade de ler o próximo para ver o que acontece.