O livro que você precisa na sua vida

Título: A Resposta
Autor(a): Kathryn Stockett
Editora: Bertrand; Edição: 6 (2012)
Páginas: 574 pg
Idioma: Português
ISBN-10: 8528614611
ISBN-13: 978-8528614619
Dimensões do produto: 22,6 x 15,4 x 3,6 cm
Formato: Capa Dura
Peso do produto: 739 g






Sinopse:

Skeeter, 22 anos de idade, acabou de voltar para a casa dos pais após graduar-se na universidade Ole Miss e deseja ingressar na carreira de escritora. Sua inspiração vem das mulheres negras que passam a vida criando os filhos de brancos e participam muito silenciosamente da vida de seus patrões, sempre nas sombras. Então ela resolve dar voz a essas mulheres para que finalmente possam dar uma resposta.

As grandes mudanças nas nossas vidas não acontecem como planejamos. As grandes mudanças acontecem nos pequenos detalhes. No segundo a mais que você levou para sair de casa fazendo você perder o seu ônibus; no modo como o caixa falou com você; na criancinha que sorriu pra você do outro lado da rua. As grandes mudanças, aqueles que realmente importam, chegam sem aviso e quando você percebe é tarde demais para evitar. Quando seus olhos estão abertos você não pode fechá-los e esquecer o que aprendeu ou viu. Se você assistiu Constantine ou Matrix, você sabe do que estou falando.

 A Trama – É revolucionária! Skeeter é uma garota solteira vivendo em Mississippi e quer se tornar uma escritora. Seguindo o sábio conselho de uma editora super importante, ela tem a idéia de escrever um livro mostrando o ponto de vista das empregadas. A principio você pode achar que esse é o tipo de trama que não é tão excepcional, mas você precisa se lembrar que esses são os anos sessenta, racismo estava com força total naquela época, e o lugar é Mississipi. Mulheres negras, aquelas que criavam as crianças brancas, cuidavam delas e tinham que ver elas cresceram e seguirem o mesmo caminho dos seus pais racistas.
Você pode ver o quão perigoso pode ser dar voz a esse lado da história em uma sociedade em que é perfeitamente aceitável espancar um homem velho negro para o puni-lo por usar o banheiro dos brancos. Quando o preço pelas suas palavras é tão alto, um livro cheio delas pode se tornar uma sentença de morte. Viu? Eu disse que essa trama era revolucionária.

 Os Personagens – OH—MEU—DEUS! Ok, ok, eu preciso me acalmar *respirando fundo* já que esse livro é contado por três das mulheres mais incríveis que eu já conheci, eu vou focar nelas primeiro.

Aibileen Clark


Ela é a primeira que a gente conhece nessa história.  Aibillen está começando seu novo trabalho em uma nova casa. Ela toma conta de crianças e ajuda as mães brancas a cuidar da casa.  Quando a criança cresce ela vai para outra casa cuidar de outra criança. Essa é a vida dela e ela estava razoavelmente bem vivendo ela até que seu filho more. O coração dela escurece e ela não é mais tão compreensiva quanto era antes. Agora ela vê as coisas que antes ela fazia de conta que não via, sua perda mudou ela.
Na casa dos Leefolt, Aibileen toma conta da pequena Mae Mobley.

 Através dos olhos dela nos vemos mudanças acontecendo e como as aparências podem enganar. Amor é mais profundo do que sangue ou cor de pele. Com Aibileen eu aprendi que uma palavra pode mudra o destino de uma pessoa. Uma palavra de incentivo pode fazer uma pessoa acreditar em si mesma tanto quanto uma palavra de desaprovação pode destruir almas e acabar com sonhos.

"Você ser gentil.
Você ser esperta.
Você ser importante."

Minny Jackson


"Minny é o pesadelo de toda mulher branca sulista. Eu adoro ela.”

Ela é maravilhosa e é uma ótima empregada. Ela cozinha e faz doces como ninguém, especialmente bolos, e tem uma língua ferina que simplesmente uma inspiração. Aos olhos de todo mundo ela é forte, durona e ninguém se mete com ela. Na realidade, Minny é um gato que foi queimado vezes demais e aprendeu a atacar primeiro e sempre está preparada para decepção.
Depois de umas coisas que acontecem (sem spoiler nessa resenha) ela vai trabalhar na casa de Celia.


Lá ela se vê em situações que a mudam de uma maneira profunda. Com ela eu aprendi que um exterior rígido pode esconder um coração de ouro, e que se abrir como ser assustador mas algumas vezes vale a pena se deixar ser vulnerável.

Eugenia “Skeeter” Phelan


Ela é a ovelha negra meio às ovelhas branquinhas e fofinhas. Ela volta pra casa depois de terminar a faculdade e está tentando encontrar Constantine, a empregada negra que a criou.


Ela é um membro do Clube de Bridge Club e também é a editor do Jornal deles onde ela escreve sobre os eventos sociais e coisas assim. Ela consegue um emprego no jornal local e está tentando alcançar seu sonho mas tudo que sua mãe consegue pensar é o fato que sua filha ainda não está casada. Isso é que é decepção. (para ambas as partes).


Lembram do que eu disse no inicio dessa resenha? Sobre como as grandes mudanças podem chegar sem esperar? Bem, isso começou com pequenos sinais, mas o que realmente capturou meu coração e me fez mudar foi o conselho que Skeeter recebeu depois de mandar uma carta para uma editora. Era algo mais ou menos assim:  “Escreva sobre o que disturba você, particularmente se não incomoda mais ninguém.”
Quantas vezes vemos coisas que nos incomodam, mas é algo que parece tão normal para todo mundo? Só porque é feito a muito tempo não significa é certo. Depois disso você pode começar a abrir seus olhos também, mas esteja avisado porque uma vez que você começa a ver você não pode voltar atrás e ser cego de novo.
Então, fagulhas acontecem e Skeeter inicia uma cadeia de acontecimentos que será a maior coisa que jamais vai acontecer na vida dela e de muitos outros.


Todos os outros personagens são incríveis também e possuem um papel fundamental na história. Assim como um quebra-cabeça onde cada pedacinho é importante.
Um em particular é:


Hilly Holbrook


O bicho papão tem um rosto, e um sotaque sulista também. Ela é o diabo, mas eu não posso dizer que odeio ela. Esse é o jeito que ela foi criada, racista e malvada com as pessoas. Com  ela eu aprendi que até uma pessoa terrível pode ter coração. Hilly é gentil, doce e amável com seus filhos. Eu não consigo odiar uma pessoa que é capaz de amar tanto mesmo se ela é malvada. Por causa dela eu soube o quanto eu amo esse livro.

A Escrita – Oh, a escrita… Eu amo, amo, amo muito mesmo…


Considerações – Eu ri, eu chorei e amei cada minuto.
Meu avô foi criado em uma fazendo a muito, muito, muito tempo atrás e eu lembro das histórias que ele contava sobre a mulher que criou ele quando ele nasceu. Ela era uma empregada negra e ele costumava contar como ele nunca esqueceu dela. Quando ele ficou doente, ele chamava o nome dela durante a febre. Algumas histórias nesse livro me fez lembrar dele e como eu nunca fui capaz de entender o que significava aquelas histórias, até agora.


Ok, eu podia ficar falando desse livro por dias, mas isso está ficando muito longo e não quero que isso fique maior do que o próprio livro, então eu só vou dizer : EU AMO ESSE LIVRO E TODO MUNDO DEVERIA LER ELE! 💗 

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